quarta-feira, 19 de outubro de 2011

OS INIMIGOS DA MADEIRA

AGENTES BIOLÓGICOS QUE ATACA A MADEIRA

MICROORGANISMO: BACTÉRIAS – Atacam paredes, pintura mural, pedras, bronze
                                    ALGAS – Atacam paredes, pintura mural, pedras e madeira.
                                    FUNGOS – Parasitas (árvore vivas), atacam a seiva, amido e albuminóide .
                                                         Saprófitos (árvore mortas) atacam a celulose e lignina.
     Os agentes biológicos que mais atacam a madeira são os fungos, insetos e perfuradores marinhos.
TIPOS DE FUNGOS:
CROMÓGENOS – Apenas mudam a coloração da madeira;
XILÓFAGOS – Se alimentam da madeira e provocam a sua podridão.
Os aspectos indicativos do ataque dos fungos na madeira são: mudança de coloração, mofo na superfície, filamento frutificação – orelhas de pau e cogumelos e a perda de peso.
Os principais insetos que atacam as madeira são os Lyctus e os cupins ou Térmitas; em terceiro lugar os perfuradores marinhos.
SINAL DE ATAQUE – Aparecimento de furo miúdo, pó tipo talco, na cor branca ou amarelada, a depender da madeira.






lacuna de profundidade provocada por cupim




preparação com pequenos furo para imunização

moldura com faceamento (proteção da camada dourada)


Moldura 90% carcomida por cupim


Preenchimento de lacunas com microsfera e paraloid



Fechamento de lacunas com EPOXIS CH


Parquetagem (preenchimento da parte carcomidas)



Finalização do trabalho de restauração



PRESERVAÇÃO: Ações previas desde as técnicas de execução garantindo estabilidade e permanência – criações favoráveis à não destruição (local de exposição)
CONSERVAÇÃO: Ações iniciais para conter o processo de degradação da obra – processos iniciais: limpeza, manutenção de condições climáticas ideais: 60 a 65% de umidade e 18 a 20°c de calor.
RECOMENDAÇÕES:
- Conservar as obras em ambientes arejados limpando-as com pincel de cerdas finas ou de preferência com aspirador de pó caso não haja deslocamentos, colocar um tecido na boca do aspirador. NUNCA ESFREGAR.
- Manter as obras longe de fontes diretas de calor como: luz solar, lâmpadas fortes, estufas etc...
- Conservar as obras longe de correntes ar, portas, janelas e principalmente paredes úmidas: UMIDADE: fator determinante de degradação – provoca dilatação e contração do suporte (tecido, madeira ou papel), proliferação de fungos (mofo) e insetos xilófagos (cupins). Chamar sempre um profissional da área quando encontrar indícios de manchas, pelotas fecais (bolinhas) e pó.
- Transporte: espumas de + ou – 2 cm. Tipo sanduíche e quando for longa distancia embalá-la em espuma rígida.
RESTAURAÇÃO: Operações técnicas, intervenção propriamente dita para prolongar a vida da obra.
As primeiras manifestações do homem em relação à preservação, conservação e restauração são tão antigas quanto a própria criação artística.


Referências Bibliográficas
Apostila do Curso de Especialização em Restauração de Forros Policromados – Tratamento dos suportes de madeira, IEPHA, 1986.
AZEVEDO, Paulo Ormindo – Apostila do Congresso do Barroco Brasileiro, Ouro Preto, setembro de 1981.
MOTA, Edson – Restauração de Pintura em deslocamentos, Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura, 1969.
RESCALA, João José – Restauração de Obras de Arte – Pintura, imaginária e obras de talha, Salvador, Centro Editorial Didático da UFBA, 1985.
VALADARES, Clarival Prado – Aspectos da Arte Religiosa no Brasil, Bahia, Pernambuco, Paraíba. Rio de Janeiro, Odebretch, 1986
VILLAR, Ana Maria – Apostila das disciplinas Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis II.
ZANINI, Walter – História Geral da Arte no Brasil, São Paulo, Instituto Walther Moreira Sales, 1983, 2v.


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