quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

















Curso de Restauração


RESTAURADOR

O trabalho do Restaurador consiste de exame técnico, preservação e conservação/restauração do bem cultural.
O exame é o processo preliminar para determinar o significado documental de um artefato; a estrutura original e os materiais; a extensão de sua deterioração, alteração e perda; e a documentação desses achados.
Preservação é a ação de retardar ou prevenir a deterioração ou a danificação dos bens culturais através do controle de seu meio ambiente e/ou tratamento de sua estrutura a fim de mantê-los o mais próximo possível de um estado imutável.
Restauração é a ação tomada para fazer com que um artefato determinado ou danificado possa existir e entendido com o mínimo sacrifício de sua integridade estética e histórica.
O Restaurador trabalha em museus, em serviços oficiais de proteção ao Patrimônio, em organizações privadas de conservação, ou independentemente. Sua função é de conhecer o aspecto material dos objetos de significado histórico e artístico a fim de prevenir contra sua degradação, e de intensificar nosso entendimento com relação a estes objetos para que possamos distinguir entre o que é original e o espúrio.
O Restaurador tem uma responsabilidade particular no tratamento realizado em ORIGINAIS INSUBSTITUÍVEIS que são, muitas vezes, únicos e de grande valor artísticos, religioso, histórico, científico, cultural, social ou econômico. O valor de tais objetos reside nas características de sua fabricação, em sua evidência como documento histórico, e, consequentemente, em sua autenticidade.
Qualquer intervenção deve ser precedida por um exame, com o propósito de conhecer o objeto em todos os seus aspectos, bem como as conseqüências de cada manipulação devem ser totalmente consideradas. Todo aquele que por falta de treinamento não estiver apto a realizar tais exames, ou que, por falta de interesse ou por outras razões, negligenciar em proceder nesta linha não poderá ser considerado como responsável pelo tratamento. Somente um restaurado bem treinado pode, de forma correta, interpretar os resultados de tais exames e prever as conseqüências decorrentes das decisões tomadas. A cooperação interdisciplinar é de extrema importância, pois hoje em dia, o restaurador deve trabalhar em equipe.
A recomendação é que uma intervenção em qualquer tipo de objeto de significado histórico e/ou artístico deva ser executada pelo artista, artesão ou pelo restaurador, e que possa ser feita, por este último, somente ser for bem treinado, bem preparado, experiente e altamente sensível. Este indivíduo sozinho, de acordo com o curador ou outro especialista, tem a possibilidade de examinar o objeto, determinar sua condição e ter acesso ao significado documental de seu material.

CONCEITO DE PRESERVAÇÃO, CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃ0

PRESERVAÇÃO: Ações previas desde as técnicas de execução garantindo estabilidade e permanência – criações favoráveis à não destruição (local de exposição)
CONSERVAÇÃO: Ações iniciais para conter o processo de degradação da obra – processos iniciais: limpeza, manutenção de condições climáticas ideais: 60 a 65% de umidade e 18 a 20°c de calor.
RECOMENDAÇÕES:
- Conservar as obras em ambientes arejados limpando-as com pincel de cerdas finas ou de preferência com aspirador de pó caso não haja deslocamentos, colocar um tecido na boca do aspirador. NUNCA ESFREGAR.
- Manter as obras longe de fontes diretas de calor como: luz solar, lâmpadas fortes, estufas etc...
- Conservar as obras longe de correntes ar, portas, janelas e principalmente paredes úmidas: UMIDADE: fator determinante de degradação – provoca dilatação e contração do suporte (tecido, madeira ou papel), proliferação de fungos (mofo) e insetos xilófagos (cupins). Chamar sempre um profissional da área quando encontrar indícios de manchas, pelotas fecais (bolinhas) e pó.
- Transporte: espumas de + ou – 2 cm. Tipo sanduíche e quando for longa distancia embalá-la em espuma rígida.
RESTAURAÇÃO: Operações técnicas, intervenção propriamente dita para prolongar a vida da obra.
As primeiras manifestações do homem em relação à preservação, conservação e restauração são tão antigas quanto a própria criação artística.












quarta-feira, 19 de outubro de 2011

OS INIMIGOS DA MADEIRA

AGENTES BIOLÓGICOS QUE ATACA A MADEIRA

MICROORGANISMO: BACTÉRIAS – Atacam paredes, pintura mural, pedras, bronze
                                    ALGAS – Atacam paredes, pintura mural, pedras e madeira.
                                    FUNGOS – Parasitas (árvore vivas), atacam a seiva, amido e albuminóide .
                                                         Saprófitos (árvore mortas) atacam a celulose e lignina.
     Os agentes biológicos que mais atacam a madeira são os fungos, insetos e perfuradores marinhos.
TIPOS DE FUNGOS:
CROMÓGENOS – Apenas mudam a coloração da madeira;
XILÓFAGOS – Se alimentam da madeira e provocam a sua podridão.
Os aspectos indicativos do ataque dos fungos na madeira são: mudança de coloração, mofo na superfície, filamento frutificação – orelhas de pau e cogumelos e a perda de peso.
Os principais insetos que atacam as madeira são os Lyctus e os cupins ou Térmitas; em terceiro lugar os perfuradores marinhos.
SINAL DE ATAQUE – Aparecimento de furo miúdo, pó tipo talco, na cor branca ou amarelada, a depender da madeira.






lacuna de profundidade provocada por cupim




preparação com pequenos furo para imunização

moldura com faceamento (proteção da camada dourada)


Moldura 90% carcomida por cupim


Preenchimento de lacunas com microsfera e paraloid



Fechamento de lacunas com EPOXIS CH


Parquetagem (preenchimento da parte carcomidas)



Finalização do trabalho de restauração



PRESERVAÇÃO: Ações previas desde as técnicas de execução garantindo estabilidade e permanência – criações favoráveis à não destruição (local de exposição)
CONSERVAÇÃO: Ações iniciais para conter o processo de degradação da obra – processos iniciais: limpeza, manutenção de condições climáticas ideais: 60 a 65% de umidade e 18 a 20°c de calor.
RECOMENDAÇÕES:
- Conservar as obras em ambientes arejados limpando-as com pincel de cerdas finas ou de preferência com aspirador de pó caso não haja deslocamentos, colocar um tecido na boca do aspirador. NUNCA ESFREGAR.
- Manter as obras longe de fontes diretas de calor como: luz solar, lâmpadas fortes, estufas etc...
- Conservar as obras longe de correntes ar, portas, janelas e principalmente paredes úmidas: UMIDADE: fator determinante de degradação – provoca dilatação e contração do suporte (tecido, madeira ou papel), proliferação de fungos (mofo) e insetos xilófagos (cupins). Chamar sempre um profissional da área quando encontrar indícios de manchas, pelotas fecais (bolinhas) e pó.
- Transporte: espumas de + ou – 2 cm. Tipo sanduíche e quando for longa distancia embalá-la em espuma rígida.
RESTAURAÇÃO: Operações técnicas, intervenção propriamente dita para prolongar a vida da obra.
As primeiras manifestações do homem em relação à preservação, conservação e restauração são tão antigas quanto a própria criação artística.


Referências Bibliográficas
Apostila do Curso de Especialização em Restauração de Forros Policromados – Tratamento dos suportes de madeira, IEPHA, 1986.
AZEVEDO, Paulo Ormindo – Apostila do Congresso do Barroco Brasileiro, Ouro Preto, setembro de 1981.
MOTA, Edson – Restauração de Pintura em deslocamentos, Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura, 1969.
RESCALA, João José – Restauração de Obras de Arte – Pintura, imaginária e obras de talha, Salvador, Centro Editorial Didático da UFBA, 1985.
VALADARES, Clarival Prado – Aspectos da Arte Religiosa no Brasil, Bahia, Pernambuco, Paraíba. Rio de Janeiro, Odebretch, 1986
VILLAR, Ana Maria – Apostila das disciplinas Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis II.
ZANINI, Walter – História Geral da Arte no Brasil, São Paulo, Instituto Walther Moreira Sales, 1983, 2v.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fotos de trabalhos


Confecção da talha para o trono do Altar-Mor; Igreja Nossa Senhora da Vitoria São Cristovão.




                                            Talha em fase de conclusão.


                             A talha com emoldurado branco foi restaurada e a outra foi confeccionada.


                              Base do Castiçal em madeira torneada e entalhada para ser folheado a prata.





                                              Fase de acabamento.




                  
                                           Castiçais em madeira em fase de prateamento.


                                                     Base do Castiçais prateada




                                      Castiçais finalizados, sendo que o do meio esta envelhecido.



                                          Guirlanda em madeira entalhada e dourada (fragmento).


                                                  Cadeira restaurada em processo de douramento.



                                                     Guirlanda entalhada com madeira de demolição.

Moldura entalhada e dourada, aparador entalhado e dourado contendo imagens confeccionadas pelo mesmo.



                                                         Fragmento madeira de demolição.


                     
                                              Moldura entalhada e dourada para espelho.

                                                     Fragmento entalhado patinado e dourado.



       Colunas patinadas e douradas (Igreja Nossa Senhora do Carmo) São Cristovão – SE.

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